Site Meter

terça-feira, 16 de abril de 2013

Ciberameaças são inimigo número um dos EUA

Pela primeira vez, as ameaças cibernéticas são consideradas um perigo directo para os Estados Unidos. Há possibilidade de um ataque a larga escala nos próximos dois anos


As ameaças cibernéticas foram consideradas o perigo principal dos Estados Unidos, num relatório efectuado por agências como a CIA e a NSA, divulgado na semana passada. Ficou à frente de ameaças como terrorismo, crime organizado, proliferação de armas de destruição maciça, perigos de saúde ou pandemias. No ano passado, o Irão liderava o topo da lista.

James Clapper, que coordenou os esforços das várias entidades envolvidas no estudo, refere que "à medida que mais actores estatais e não-estatais ganham mais conhecimento cibernético, a importância e alcance de uma ameaça global não pode ser subestimada". Clapper acrescenta que "há uma hipótese remota de um grande ciberataque contra os sistemas de infraestruturas norte-americanas durante os próximos dois anos", o que poderia resultar em "interrupção a longo-prazo e a grande escala de serviço, como falhas de distrubição eléctrica".

Esta é a primeira vez que as ameaças virtuais são citadas num relatório de segurança norte-americana como perigo de topo. Porém, estas têm sido estudadas há já vários anos. A notícia foi dada poucos dias depois de ser avançada uma proposta de lei para aumentar a segurança na internet, a Lei de Partilha de Informação e Protecção Cibernética (CISPA: Cyber Intelligence Sharing and Protection Act) que permite a partilha e divulgação de dados entre os provedores de serviço de internet (ISPs) e o governo.

A CISPA foi originalmente introduzida no final de 2011 e recebida com controvérsia. Os apoiantes desta proposta consideram que esta seria uma arma eficaz contra as ameaças virtuais colocadas por hackers na China ou Irão. Por outro lado, os defensores do direito à privacidade estão contra a proposta, já que a CISPA daria aos ISPs luz verde para divulgação de dados pessoais ao governo. Porém, a proposta já passou no Senado e falta agora ser assinada pelo presidente Barack Obama para ser tornada lei.