O tsunami causado na segunda-feira à noite por um sismo de 7,7 na escala de Richter, nas ilhas indonésias do oceano Índico, matou pelo menos 154 pessoas, estando ainda 400 desaparecidas, segundo um novo balanço.
De acordo com as autoridades indonésias, pelo menos “154 pessoas morreram e outras 400 estão dadas como desaparecidas", disse à Agência France Presse (AFP) o responsável pelos serviços de socorro da província de Samatra Ocidental, Harmensyah.
Um balanço anterior, também hoje avançado, referia 112 mortos no arquipélago de Mentawai, ao largo da ilha de Samatra.
Harmensyah destacou a urgência de prestar auxílio aos sobreviventes, que “perderam as suas casas e necessitam de auxílio significativo”.
De acordo com Harmensyah, já chegaram ao local algumas tendas, mas em número insuficiente.
As operações de socorro são difíceis devido à dificuldade de acesso a Mentawai, privada de comunicação.
O Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, deverá deslocar-se hoje a Padang, porto mais próximo de Samatra, para acompanhar as operações de socorro.
O sismo, que provocou o tsunami, ocorreu na segunda-feira às 21:42 (15:42 em Lisboa), a uma profundidade de apenas 14,2 quilómetros, ao largo do arquipélago de Mentawai, no Oceano Índico, segundo o observatório geológico norte-americano (USGS).
Várias aldeias, entre as quais algumas da ilha de Pagai do Sul, foram devastadas por vagas de três metros de altura.
Há pouco mais de um ano, a 30 de setembro de 2009, Padang e a região próxima foram atingidos por um sismo de 7,6, que provocou a morte de um milhar de pessoas e importantes prejuízos.
A Indonésia deverá gerir, além da catástrofe de Mentawai, a erupção, desde terça-feira, do vulcão Merapi, um dos mais ativos ao mundo.
Pelo menos 13 pessoas morreram devido a gases tóxicos libertados pelo vulcão.
