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segunda-feira, 30 de junho de 2008

IV Enconto Nacional Rio de Moinhos - Borba 08



PROGRAMA

SEXTA-FEIRA - 4 DE JULHO

19.00h - Inauguração do IV Encontro Nacional dos Rio de Moinhos de Portugal
20.00h - Jantar
21.45h - Actuação do Grupo de Cordas de Rio de Moinhos - Borba
23.00h - Concerto com a Banda Musical e Cultural da Vila de Rio de Moinhos - Penafiel
24.00h - Encerramento dos expositores

SÁBADO - 5 DE JULHO

09.30h - Torneio de Futsal - 6 Equipas
12.30h - Almoço
15.00h - Actuação Grupo de Bombos “Os Amigos de Cima” de Rio de Moinhos - Penafiel
16.00h - Actuação de Ranchos Folclóricos
* “Os Moleiros”da Casa do Povo de Rio de Moinhos - Abrantes
* Centro Recreativo e Cultural da Vila de Rio de Moinhos - Penafiel
* Rancho Folclórico de Rio de Moinhos - Sátão
18.00h - Actuação de Grupos de Dança Moderna - Rio de Moinhos - Borba
* Flash Dance - S. Tiago de Rio de Moinhos
* Top Dance - Barro Branco
* N' Club - Nora
21.00h - Actuação de Grupos Corais
* Grupo de Cantarias da Vila de Rio de Moinhos - Penafiel
* Grupo Coral de Rio de Moinhos - Sátão
* “Rodrivina” de Rio de Moinhos - Penafiel
* Grupo Coral Feminino “ Rosas de Abril” de Rio de Moinhos - Aljustrel
* Grupo Fairy Dreams de Rio de Moinhos - Penafiel
24.00h - “Borba de Honra”, com música, acompanhado de Cantares Populares
Encerramento dos Expositores

DOMINGO - 6 DE JULHO

09.00h - Passeio de Ciclistas pelas localidades da freguesia
09.30h - Prova de Atletismo
10.30h - Arruada com a Filarmónica Rio Moinhense de Abrantes
11.00h - Hora Religiosa - Missa
12.30h - Almoço
14.30h - Jogos Tradicionais - Jogo do Xito e Jogo do Burro
16.00h - Actuação do Grupo de Concertinas de Arcos de Valdevez
17.00h - Grupo de Cantares Poetas Populares Rio de Moinhos - Borba
18.00h - Encerramento do IV Encontro Nacional dos Rio de Moinhos de Portugal



sábado, 7 de junho de 2008

5º dia do Rock in Rio




Muse, The Offspring e Linkin Park foram convincentes no adeus ao Rock in Rio Lisboa versão 2008. A despedida fez-se com nova enchente, e a promessa está feita: em 2010 há mais.


O palco principal do Rock in Rio arrancou com mais uma visita dos cubanos Orishas a Portugal, num concerto algo deslocado num dia claramente voltado para a electricidade.

Ricky Wilson, vocalista dos Kaiser Chiefs, é uma figurona. Não fosse ele e os britânicos pouco mais seriam que uma pouco poderosa arma de fogo, visto que as suas canções, salvo raras excepções, estão longe de ser memoráveis. Contudo, ao vivo, a animação é garantida, nem que seja pela curiosidade em saber o que o frontman vai fazer a seguir. Foram os primeiros agitadores de braços (e corpos) na noite de ontem.

Os Muse são uma banda claramente de palco. Nem têm tocado muito ao vivo ultimamente, mas a segurança e ligação entre o trio garantiu-lhes, sem grande esforço, a certeza de um dos melhores concertos desta edição do Rock in Rio. Mais concisos e eléctricos do que o costume, poucos momentos houve de pausa: na retina a sequência «Starlight», «Time is Running Out» e «Plug in Baby». Todos diriam, de antemão, que mereciam tocar depois dos Offspring. De antemão, repete-se.

Poucos esperariam um concerto tão convicente da parte de Dexter Holland e companheiros. Os Offspring não hesitaram em puxar dos clássicos para agrado da audiência, dando pouca margem de manobra às novas canções a editar em novo disco em breve. «Bad Habit», «All I Want» e «Come Out and Play», disparados de rajada a começo, deram no imediato a certeza: o concerto estava ganho. Fãs dos 15 aos 30, letras na ponta da língua, energia, movimento de corpos, tudo aquilo que são os Offspring ao vivo, em 2008. Uma inesperada boa surpresa.

Menos apoteótico, o final de festa com os Linkin Park não deixou de ser, mesmo assim, convincente. Mais de duas dezenas de canções foram motivo claro de desiquilíbrio de espectáculo, demasiadamente preso em várias facções. Mesmo assim, os singles foram motivo de celebração global, e este até é capaz de ter sido o mais seguro espectáculo dos Linkin Park em Portugal.

Rock in Rio Lisboa, 2008, já lá vai. Em 2010 há mais, e pela enchente de ontem, e pela recente febre de bilhetes, deixa-se já uma sugestão: porque não começar já a vender ingressos?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

4º dia do Rock in Rio





No dia de maior peso no Rock In Rio, os Metallica repetiram o espectáculo do ano passado no Super Bock Super Rock. Uma noite mais calma do que se esperava.



Em 2008, os metaleiros continuam ser vistos como marginais e foras-da-lei. Só assim se justificam os cuidados demonstrados pelas autoridades em revistar tudo o que mexia, numa atitude que em dias anteriores não se tinha visto. O medo chegou inclusivamente à sala de imprensa.
Mas ao contrário do que estas cabecinhas pouco pensadoras poderiam julgar, não houve sangue nem desacatos. Nem sequer violência. Apenas nuvens de poeira proporcionadas pelos fãs mais extremos de um estilo muito próprio que continua a apaixonar multidões: o heavy metal.

Os Metallica repetiram o espectáculo do ano passado no Super Bock Super Rock com um incremento de pirotecnia. Digam lá agora que eles não são os Rolling Stones do metal. A simpatia demonstrada e a voz bem conservada de James Hetfield não atenuaram alguma falta de novidade. Canções novas, nem vê-las. O alinhamento? Fortíssimo a abrir e a fechar. Sensaborão lá pelo meio.

Dos outros concertos, pouca história reza. Os Machine Head fizeram um estardalhaço capaz de interromper as comunicações no aeroporto da Portela. Muito barulho e pouco sumo. Pelo mesmo caminho vão os Apocalyptica que já não correm o risco de ser confundidos com nenhuma orquestra da Gulbenkian. Quanto aos Moonspell, não convenceram na apresentação de «Night Eternal».

segunda-feira, 2 de junho de 2008

3º dia do Rock in Rio

Foto: Tokio Hotel


E eis que, chegado ao terceiro dia, o Rock in Rio Lisboa 2008 virou-se para a família, reunindo, num mesmo local, pais e filhos, tios e sobrinhos, velhos e novos, todos sob uma mesma bandeira. E mesmo que por vezes, como acontece em todas as famílias, a divergência de opiniões surja, ficou provado que não há nada que pague a união que uma boa e velha música consegue!



«Pela família, tudo!», é uma expressão comum de ouvir, especialmente vinda da boca daqueles que já possuem descendência. E, certamente, terá sido no cumprimento desta máxima que muitos pais, tios e primos decidiram juntar-se a filhos, sobrinhos e primos, e rumar, a um domingo à noite, a poucas horas antes do início de mais uma semana de trabalho, até à Quinta da Bela Vista, em Lisboa, vindos inclusivamente de vários sítios do País, para aquele que foi, verdadeiramente, o dia da família no Rock in Rio 2008.
Depois de dois dias para a malta mais graúda, o terceiro dia daquele que é um dos maiores festivais de música a nível mundial foi, digamos assim, dedicado a todas as idades, com a maratona a começar, naturalmente, cerca das 17:00 horas, pelos mais novos, com algumas das bandas que recentes do universo sub-18, sub-16, sub-10 e todos os mais «sub» por aí a baixo – 4Taste, Just Girls e Docemania, bandas cuja música é hoje obrigatória em qualquer automóvel de chefe de família, desfilaram alguns dos seus ainda poucos mas já conhecidos êxitos, com um recinto muito composto a entoar em conjunto com os igualmente jovens intérpretes hits que serviam de aquecimento para o que vinha a seguir.

É que, se muitas destas bandas estão direccionadas para um público bastante jovem e poderão até ser encaradas como fenómenos temporários, já o mesmo não se pode dizer quem lhes sucedeu em cena, um verdadeiro fenómeno nacional para todas as idades: nada mais, nada menos, do que os eternos Xutos & Pontapés, a quem alguém já chamou um dia os Rolling Stones portugueses, devido à longevidade atingida.

Iguais a si próprios, revisitando muitos do êxitos com que foram construíndo uma carreira de sucesso («Não sou o único», «Gritos mudos», «O mundo ao contrário», «À minha maneira», «Maria» e a igualmente eterna «Casinha», entre outras), Tim & Co. voltaram a encontrar-se com a sua verdadeira e fiel legião de fãs, que, após tantos anos de estrada, continuam a acompanhá-los para onde quer que vão e a contribuir para que sejam uma das bancas mais emblemáticas do cenário musial português. E que, sublinhe-se, conforme voltou a ficar demonstrado este domingo à tarde, se encarregam de passar o testemunho aos filhos, desde a mais tenra idade!

Com pais e filhos imbuídos do mesmo espírito rock português (era vê-los, dos 2 aos 62 anos, a «abanar o capacete», de braços cruzados sobre a cabeça...) e num clima de festa que até teve direito à presença em palco e ao som da «Casinha» de muitos dos desportistas portugueses que vão participar nos Jogos Olímpicos de Pequim, foi já cerca das 20:30 horas que entraram «em campo» a principal razão da presença na Cidade do Rock de adolescentes e pré-adolescentes – os Tokyo Hotel, banda alemã que, com os seus intérpretes tão ou mais novos do que muitos que os aplaudiam em frente ao placo, concretizaram, com a sua presença no Rock in Rio 2008, o sonhos de muitos fãs de finalmente os verem ao vivo.

Com o rosto dos pais a variar entre a incredulidade pela atitude dos filhos e o olhar de reprovação por nunca terem imaginado ver os filhos em tal estado de excitação (ele era berros, ele era gritos, ele era lágrimas...), a histeria rapidamente tomou conta da assistência mais jovem, à mesma velocidade com que a banda alemã ia debitando, compenetrada, os temas do albúm de estreia, com especial destaque para temas como «Ready, Set, Go», «Scream», «Raise your Hands» e o inevitável «Monsoon», cantado por todos dos 6 aos 16 anos.

A primeira actuação dos Tokyo Hotel em Portugal terminaria com um encore, cumprido com mais dois temas («Geh» e «By your Side»), e a assistência mais jovem rendida, ainda que não sem algum sentimento de alívio na face dos pais. Os quais podiam, a partir aí, acreditar que o espectáculo também era para eles, com a subida a palco da britânica Joss Stone, naquele que foi um dos melhores momentos do dia 3 no Rock in Rio 2008.

Mesmo já com alguns pais de saída, porque era chegada a hora de meter as crianças na cama, que amanhã é dia de escola, Joss Stone cantou e encantou em Lisboa, bem apoiada por um excelente coro e bons músicos, mas ainda mais por aquilo que a jovem intérprete revelou ser: não «apenas» uma das vozes mais apaixonantes do soul actual, mas também um poço de sensualidade, empatia, simplicidade.

Descalça, de cabelos louros ao vento, envergando um vestido vermelho género cai-cai, Joss deslumbrou uma plateia que rapidamente se rendeu aos seus (muitos) encantos, vivendo cada nota, cada passo, cada gesto de uma jovem que nem sequer esqueceu a irreverência,ao desabafar, logo no final do segundo tema («Chokin Kind»), qualquer coisa como «Tinham-me dito que ia estar calor, mas, afinal, está aqui «a fucking freeze!».

Desfilando alguns dos temas que lhe trouxeram fama, a britânica mostrou saber igualmente «comungar» com o público, ao abandonar o palco e deixar-se tocar pelos muitos fãs que, encostados às grades de segurança, queriam tê-la ali, ao pé, acabando, inclusivamente, a oferecer um dos colares que trazia ao pescoço.

Terminando com o imprescindível «Right to be Wrong», foi uma Joss Stone visivelmente feliz que abandonou o palco Mundo, emocionada com a recepção que havia tido e certamente convencida que vai ter de passar mais vezes por Portugal, onde a espera uma falange de fãs que, depois desta noite, certamente cresceu consideravelmente...

Mas, porque o dia era mesmo para todas as idades, os mais resistentes não regressaram a casa sem antes ouvir um «velho dinossáurio» do rock, Rod Stewart de seu nome, que mesmo já com uma idade avançada, sobre «fechar» a festa com temas que continuam no ouvido de miúdos e graúdos.

«It`s a Heartache», «Some Guys», «Have I Told You», «Maggie» e «Sailing» foram alguns dos muitos sucessos do músico escocês que os presentes na Cidade do Rock levaram no ouvido, para casa, para trautear nos próximos dias e contar aos amigos sobre um Rod Stewart que continua igual a si mesmo: mexido em palco, dandos os seus passos de dança, vivendo e transmitindo prazer por estar em palco.

E haverá melhor maneira de terminar o terceiro dia de Rock in Rio 2008 do que com pais e filhos em feliz comunhão, unidos por uma mesma música e em festa? Pensamos que não...


domingo, 1 de junho de 2008

2º Dia do Rock in Rio




Acompanhado de Verónica Larrenne, o rapper triunfou em toda a linha, num espectáculo misto de soul e hip-hop que foi despertar em cheio para o segundo dia do Rock in Rio.


«Maturidade» é já o segundo álbum de NBC, e é por estes dias editado. O espectáculo no Rock in Rio, não sendo em nome próprio mas antes incorporado num conceito de experimentação ligado ao palco Sunset, foi, provavelmente, uma boa porta de entrada para centenas de pessoas na sonoridade do músico.

Verónica Larrenne foi parceira excitante de crime. Presença forte, voz não menos vincada, sensualidade a rodos - poucos a conhecem, e tal pode (deve!) mudar em breve. Verónica carregou o magnetismo da soul enquanto NBC conduzia as linhas pelas quais se conduz o seu hip-hop. Convenceram.

De seguida, João Gil, Tito Paris, Marisa Pinto e respectiva trupe foram relativo soporífero, inofensivo, certo, todavia plenamente evitável. Algumas boas melodias não iludiram a sensação de que o palco estaria melhor entregue a ambiências experimentalmente mais festivas e menos lineares. Apesar da generosa audiência, foram ainda alguns os que aproveitaram para espreitar o Espaço Fashion, que por esta altura via uma passagem de modelos ter começo.

A audiência, hoje como ontem repleta de cidadãos brasileiros, preenche já grande parte das proximidades do palco principal, onde os Skank iniciaram já o seu espectáculo. Segue-se a homenagem a Rui Veloso no palco Sunset e, pelas 20h30, a canadiana Alanis Morissette toma o palco principal do RiR para apresentar certamente algumas novas composições de «Flavors of Entanglement», a editar proximamente.


Término de festa no palco Sunset com Expensive Soul e Sara Tavares em homenagem desigual a Rui Veloso. As atenções centram-se agora em Alanis Morissette, mas a figura mais comentada continua a ser...Amy Winehouse.


Basta percorrer descomprometidamente o recinto do Rock in Rio para ouvir, de quase todos, comentários à actuação de ontem de Amy Winehouse. Ao mesmo tempo, a canadiana Alanis Morissette, sem metade do talento mas dose quintúpla de profissionalismo, vai dando corpo e alma a repertório variado, algum com mais de década de existência.

O final de tarde trouxe ao Rock in Rio a anunciada homenagem a Rui Veloso, com presença inclusive de Roberta Medina que presenteou o músico, no final, com uma guitarra forrada residualmente a ouro.

Pelo meio, o funk dos Expensive Soul teve em «Chico Fininho» revisitação curiosa, mas pouco mais de particularmente apelativo se sentiu, musicalmente, da parte da dupla nortenha.

Já Sara Tavares foi mais convincente na missão, utilizando a sua apelativa e peculiar voz como arma de fogo primária.

A segunda tarde de música do Rock in Rio primou pela desigualdade musical, mas foi unânime na eleição, antecipada, de figura grande do certame: Amy Winehouse, por todos os bons e, especialmente, maus motivos.