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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Concerto KAISER CHIEFS no Coliseu de Lisboa - 2009/02/01




Apagaram-se as luzes e de imediato o publico começou a gritar “Kaiser Chiefs” de forma ensurdecedora. Durante alguns segundos ainda se ouviu um Intro com um trecho de música a lembrar a Electrónica do inicio dos anos 80, até que a banda entrou em palco e começou a loucura já prevista e que tinha começado a ser preparada pelos Dananananaykroyd na primeira parte do concerto (ver Post respectivo).



Seguiram-se uma hora e trinta minutos de um espectáculo que pareceu durar muito mais, onde o imparável Ricky Wilson se entregou de corpo e alma a todas as musicas, e o público, maioritariamente entre os 20 e os 30 anos respondeu saltando, dançando ou cantando todas as musicas do início ao fim. O resto da banda, quase que para dar ainda maior destaque à prestação do seu vocalista, assumiu uma postura mais discreta mas sempre em sintonia com a atmosfera que se sentiu num Coliseu dos Recreios praticamente cheio, desde a plateia até às galerias.



Uma sonoridade Rock-Pop acelerada (ou Pop-Rock, conforme for preferido) com influências da Brit-Pop de uns “Blur” e letras de vincado carácter social, foi apresentada com os temas tocados, sendo as músicas do ultimo álbum “Off with their heads” tão bem recebidas como as já conhecidas dos dois restantes álbuns que a banda editou desde que se estreou em 2005, “Employment” e “Yours Truly Angry Mob”. Um jogo de luzes discreto mas muito eficiente completou o ambiente criado pelos cinco elementos da banda e todas as pessoas presentes.



Estando já a banda há dois dias em Portugal, depois do concerto de ontem no Porto, num dos intervalos entre canções Ricky Wilson sublinhou que “têm sido dois bons dias” e aproveitou a deixa para começar “Good Days, Bad Days”. Mais à frente, o teclista Peanut que se tinha aleijado num joelho no sound-check, foi chamado à frente do palco para cantar uma das músicas como homenagem de aniversário “ao Chris” (pelo que consegui perceber seria um dos membros do staff) e o público de imediato ensaiou uns parabéns caóticos e muito bem dispostos. Houve ainda direito à tradicional tentativa de agradecer à audiência com um “obrigado” mais ou menos bem soletrado, a que se seguiu um diálogo com a plateia quanto à maneira mais correcta de se pronunciar: -“obrigadooo” ou “obrigadaaa”!?



Com o aproximar do fim do concerto vieram os êxitos “Never miss a beat” seguido de “I predict a riot” e pouco depois, o refrão de “The angry mob” repetido até à exaustão, deu o mote para o fim da primeira parte, com o vocalista a meter ao ombro uma mochila que a meio do concerto tinha recebido de um dos fãs que estava junto à grade. Não foram precisos mais de 2 ou 3 minutos para a banda voltar e Ricky Wilson distribuir alguns biscoitos pela multidão, antes de começar um encore que terminou com “Oh, my god!“ e o vocalista a pedir à mesa de luzes para ver o publico, no refrão final. Com o grito “We are the Kaiser Chiefs!”, assim terminou a prestação da banda.



Independentemente do que se possa dizer dos Kaiser Chiefs quanto a serem mais uma banda com um típico som “made in UK”, o facto é que o concerto que deram compensou claramente todos os preconceitos que possam existir e agradou muito a quem esteve no Coliseu dos Recreios.




Concerto DANANANANAYKROYD no Coliseu de Lisboa - 2009/02/01




Quando uma banda que faz a abertura de um concerto para outra, consegue ter metade da sala a aplaudir a sua chegada ao palco e após 30 segundos já o vocalista e um dos bateristas saltaram para o poço que os separa do publico, muito está dito sobre o que se passou no resto do concerto.



Os DanaNanaNaykroyd vêm da Escócia e estão a acompanhar os Kaiser Chiefs nesta Tournée pela Europa. São compostos por um vocalista (Calum Gunn, antigo baterista), dois guitarristas (David Roy e Duncan Robertson), uma baixista (Laura Hyde) e dois bateristas (Paul Carlin e John Baillie Júnior), em que o segundo baterista acumula também as funções de vocalista e animador das hostes, invariavelmente saltando para junto do publico assim que larga a bateria.



Com um som descrito como “fight-pop”, um rock com laivos de punk misturado com algo que poderíamos chamar de “riot-rock” e alguma pop, conseguiram arrancar sistemáticos aplausos da audiência e manter as hostes muito animadas ao longo dos cerca de 30 minutos que estiveram em palco. Neste tempo, entre diversos episódios como um fake-intro com “Day Tripper” dos Beatles, os presentes tiveram direito a assistir à demonstração encenada do que é um “abraço”, exemplificado efusivamente entre Calum Gunn e John Baillie Júnior. De seguida, continuando na mesma toada, juntaram-se ao público pedindo para que a plateia se dividisse em duas metades e fazendo depois com que os lados esquerdo e direito da sala se voltassem a juntar, numa demonstração colectiva e prática do que haviam assistido os elementos da banda exemplificar em palco. Terá isto algo a ver com o que mencionam no seu MySpace, "We not going for hugs. We going for gold medals!"? A resposta ficará ao critério de cada um dos que se interesse por esta banda extremamente animada e com uma queda para ter bateristas a fazer o lugar de vocalista.



Quem ainda não os conhecer e quiser ficar a saber um pouco mais sobre eles visite:


http://en.wikipedia.org/wiki/Dananananaykroyd
http://www.myspace.com/dananananaykroyd
http://dananananaykroyd.blogspot.com/




PS. Quem tiver a sorte de ir este ano a Austin-Texas ao SXSW (como este escriba se está a preparar para fazer :-) ), poderá voltar a ver por lá estes Dananananaykroyd, num dos dias a acompanhar os Primal Scream.