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sábado, 6 de abril de 2013

Bitcoin: A moeda que tem dado que falar

As Bitcoins não têm uma entidade emissora nem são controladas pelo governo, por isso o seu valor não é tão "influenciável"


As Bitcoins (฿) são moedas virtuais criadas em 2009 por Satoshi Nakamoto e são uma das primeiras implementações de um conceito, denominado de criptomoeda, descrito originalmente em 1998 por Wei Dai.
O valor em circulação alcançou recentemente os mil milhões de dólares, ultrapassando a economia de 20 países.

Limites

O limite destas moedas foi fixado em 21 milhões de unidades no ano de 2140, o que significa que até lá serão injectadas gradualmente, mas a partir desse ano não serão criadas mais moedas.
O número de Bitcoins em circulação pode ser visto neste site.

Carteira
As moedas são guardadas no próprio computador num arquivo-carteira (wallet) ou em arquivos-carteira de terceiros.
Cada utilizador tem de ter pelo menos uma carteira, não havendo qualquer limite máximo de carteiras.
As Bitcoins usam um banco de dados encriptado, distribuído por todos os utilizadores deste sistema, de forma a registar todas as transacções e evitar fraudes.
Cada moeda tem uma chave encriptada com cerca de 33 caracteres de comprimento, que não contém qualquer informação sobre o proprietário (por exemplo: 1rYx1YzJG359pI314T59KUF2Za4jAmmTd). Todas as transacções são anónimas.
Os endereços de Bitcoins servem exclusivamente para identificação dos remetentes e destinatários das transacções.

Transacções
As transacções processam-se da seguinte forma: Os Bitcoins têm uma chave pública (endereço) do actual dono. Quando o utilizador A envia Bitcoins para um utilizador B, A cede propriedade ao adicionar B nas moedas e assina-as digitalmente com a sua própria chave privada. A transferência é comunicada aos outros nós da rede P2P (peer-to-peer) e esses nós validam as assinaturas criptográficas e quantias envolvidas antes de ser efectivamente aceite a transferência. Poderá levar até 10 minutos até que toda a operação seja efectuada.
As transacções feitas por geradores de moedas são gratuitas, mas há a opção de pagar uma taxa para que a transferência seja efectuada em menos tempo, o que funciona como incentivo para que os utilizadores rodem nós geradores.

De virtual para a realidade
Apesar de ser uma moeda virtual, havia uma necessidade de haver um intercâmbio físico, por isso forma criadas bitcoins "reais" chamadas de Bitbills.
Essas moedas em forma de cartão de crédito cumpriam os requisitos de segurança, tendo igualmente uma chave encriptada num código QR e uma banda holográfica que garante a sua veracidade.
Uma vez usado, o cartão deixaria de poder ser novamente usado, uma vez que a chave deixaria de estar válida.
Os valores desses cartões variavam de 1BTC, 5BTC, 10BTC e 20BTC.
Esses Bitbills foram anunciados a 9 de Maio de 2011 e deixaram de ser feitos a 15 de Maio de 2012.

Geração de Bitcoins
A rede Bitcoin gera e distribui lotes de moedas seis vezes a cada hora entre todos os utilizadores da rede e que estão nesse momento a usar o programa no modo de geração de moedas.
Todos os utilizadores têm assim uma possibilidade de ganhar um desses lotes enquanto está a executar o programa oficial ou um programa de terceiros.
Ao acto de gerar Bitcoins dá-se o nome de "minerar".
A probabilidade de um utilizador ganhar um desses lotes está relacionado com o poder de processamento que disponibilizou para a rede em relação com o poder total da rede.
Cada lote nunca poderá passar os 50 Bitcoins e esse valor está directamente relacionado com o facto do número de moedas ao longo do tempo ser controlado.
Todos os nós geradores competem entre si para encontrar uma solução para um problema criptográfico diferente em cada bloco de moedas, problema esse que requer repetidas tentativas e erro até ser resolvido.
Assim que um nó encontra a solução, esse informa a rede e reivindica um novo lote de Bitcoins.
Os computadores nessa rede utilizam os seus processadores (CPU) assim como as placas gráficas (GPU).
Os utilizadores podem minerar sozinhos ou juntar-se em grupos (chamados de pools) para minerar em conjunto.

Impacto na economia "real"
A economia de Bitcoins ainda é muito baixa comparada com outras economias que já existem a muito mais tempo, no entanto já há casos de compras de bens com esta moeda.
Já há casos de compras de carros usados ou de desenvolvimento de software na qual foram usadas Bitcoins para a sua aquisição.
Estas moedas são aceites quer em serviços e bens online quer offline, como é o caso da Electronic Frontier Foundation que aceita doações nesta moeda.
O website Bitcoinstore é uma loja online em que apenas aceita como pagamento estas moedas.
Há também um caso nos EUA em que foi colocada à venda uma casa em troca de 5.750 Bitcoins ($400,000).
Começa a ser também comum sites e fóruns aceitarem este tipo de moeda para acessos Premium, como é o caso do site Reddit que aceita este tipo de pagamento desde o mês passado.


Risco
A diferença de valor entre o inicio do ano ($15.68) e actualmente ($142.35) assim como a produção (aumentou de cerca de 150BTC/h para 300BTC/h) dá pistas sobre a sua valorização.
Mas esses valores não contam toda a história por detrás da moeda: os valores tendem a oscilar muito e comprar/trocar Bitcoins pode ser arriscado.
Isto sem contar com diversas tentativas de roubos de contas e esquemas de fraudes informáticas para a obtenção ilegal de Bitcoins.
Recentemente foi detectado um esquema de phishing pelo Skype que gera bitcoins a partir de computadores infectados com um vírus, por isso, se o vosso CPU estiver constantemente a 100% e sejam utilizadores do Skype, desconfiem logo. Corram de imediato o antivírus.
Para evitar isso, não cliquem em links que achem suspeitos nem em links que não conhecem.



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