Quando, em 1953, James D. Watson e Francis Crick determinaram a estrutura do ADN e houve um advento da genética, muitas vozes alarmistas se levantaram, por o "homem estar a brincar a Deus". Com o desenvolvimento da bionanotecnologia, o futuro poderá ser mais ambicioso. Daqui a 50 anos prevê-se que se consiga criar vida a partir do nada. "Daqui a 50 anos, o Homem será Deus."
Quem o assume ao DN é Filipe Luig, investigador da área da bionanotecnologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL), e que trabalha actualmente no fabrico de nano-sensores constituídos por silício e ADN (ver caixa).
O encontro decorreu à margem das X Jornadas de Análises Clínicas e Saúde Pública, que decorreram na sexta-feira e sábado na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, onde o cientista foi falar sobre a sua investigação na área.
A nanotecnologia é a exploração quântica da matéria que pretende a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos. No futuro, quando esta tecnologia estiver dominada pelo homem, tudo poderá ser feito, pois tudo é feito de átomos. "Poderá criar-se vida a partir de moléculas de água e ar", complementa Filipe Luig.
Foi o Prémio Nobel da Física de 1965, Richard D. Feynman, que pela primeira vez introduziu este conceito. A 29 de Dezembro de 1959, numa palestra dada no encontro anual da Sociedade Americana de Física, defendeu a hipótese de não existirem quaisquer obstáculos teóricos à construção de pequenos dispositivos compostos por elementos muito pequenos, os átomos. O investigador da FCT-UNL acredita que no futuro tudo será feito com a mesma base que os seres humanos: "Os nano-computadores serão construídos com ADN, como os humanos."
Para ajudar à evolução, estão as condicionantes que se atravessam na investigação informática. "Estamos a chegar ao limite da miniaturização dos chips de silício, usados nos computadores. Prevê-se que, daqui a 10 anos, iremos precisar de uma alternativa ao silício. Essa alternativa será o ADN", explica o investigador.
Estes nano-computadores irão fazer tudo o que os actuais fazem, com a respectiva evolução. Enquanto que, actualmente, a informação é transportada por electrões e transístores para a processar, será o ADN a encarregar-se desses processos. O avanço será tal que irá obrigar o Homem a tornar-se biónico. "Os processadores dos computadores irão ser tão rápidos e com tal capacidade que teremos de implantar chips biónicos no cérebro para que este consiga acompanhar a velocidade de processamento da máquina", diz Filipe Luig, fundamentado numa profecia feita em 1995, pelo presidente da Intel, Gordon E. Moore.
"A Lei de Moore diz-nos que a capacidade de processamento dos chips duplica a cada 18 meses e estes diminuem de tamanho na ordem inversa."
Aliás, "prevendo a evolução da humanidade ao ritmo que actualmente temos, nos 90 anos que faltam para o fim do século iremos evoluir 20 mil anos", acrescenta.
Quem o assume ao DN é Filipe Luig, investigador da área da bionanotecnologia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL), e que trabalha actualmente no fabrico de nano-sensores constituídos por silício e ADN (ver caixa).
O encontro decorreu à margem das X Jornadas de Análises Clínicas e Saúde Pública, que decorreram na sexta-feira e sábado na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, onde o cientista foi falar sobre a sua investigação na área.
A nanotecnologia é a exploração quântica da matéria que pretende a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos. No futuro, quando esta tecnologia estiver dominada pelo homem, tudo poderá ser feito, pois tudo é feito de átomos. "Poderá criar-se vida a partir de moléculas de água e ar", complementa Filipe Luig.
Foi o Prémio Nobel da Física de 1965, Richard D. Feynman, que pela primeira vez introduziu este conceito. A 29 de Dezembro de 1959, numa palestra dada no encontro anual da Sociedade Americana de Física, defendeu a hipótese de não existirem quaisquer obstáculos teóricos à construção de pequenos dispositivos compostos por elementos muito pequenos, os átomos. O investigador da FCT-UNL acredita que no futuro tudo será feito com a mesma base que os seres humanos: "Os nano-computadores serão construídos com ADN, como os humanos."
Para ajudar à evolução, estão as condicionantes que se atravessam na investigação informática. "Estamos a chegar ao limite da miniaturização dos chips de silício, usados nos computadores. Prevê-se que, daqui a 10 anos, iremos precisar de uma alternativa ao silício. Essa alternativa será o ADN", explica o investigador.
Estes nano-computadores irão fazer tudo o que os actuais fazem, com a respectiva evolução. Enquanto que, actualmente, a informação é transportada por electrões e transístores para a processar, será o ADN a encarregar-se desses processos. O avanço será tal que irá obrigar o Homem a tornar-se biónico. "Os processadores dos computadores irão ser tão rápidos e com tal capacidade que teremos de implantar chips biónicos no cérebro para que este consiga acompanhar a velocidade de processamento da máquina", diz Filipe Luig, fundamentado numa profecia feita em 1995, pelo presidente da Intel, Gordon E. Moore.
"A Lei de Moore diz-nos que a capacidade de processamento dos chips duplica a cada 18 meses e estes diminuem de tamanho na ordem inversa."
Aliás, "prevendo a evolução da humanidade ao ritmo que actualmente temos, nos 90 anos que faltam para o fim do século iremos evoluir 20 mil anos", acrescenta.
1 comentário :
Não sei se será muito boa ideia misturar ADN com tecnologia!!! De qualquer modo já cá não estarei para ver em que "porcaria" se Tornou o Mundo!!!
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