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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Reportagem Concerto Tokio Hotel - Pavilhão Atlântico 07.04.2010


Mais uma vez de volta a terras lusas, os Tokio Hotel, a banda alemã cujo momento parece já ter passado, apresentaram-se a um Pavilhão Atlântico a meio gás, num estilo a condizer com o novo álbum Humanoid. Ainda as luzes não se tinham apagado e já se ouviam os gritos histéricos de meninos e meninas de tenra idade, que com certeza feriram tímpanos à parte do público que lá estava por obrigação – os pais. Que estavam ali há uma semana, não era novidade, mas fizeram questão de informar os repórteres que se posicionavam no pit e de lhes pedir para que saíssem da frente, mesmo que essa permanência fosse de pouca dura.

Cai a cortina e o ambiente pareceu surreal. Entre gritos e choro que não pudemos captar por imposição da banda, abre-se uma bola gigante onde se elevava o baterista Gustav. Rapidamente surgiram os outros 2 meninos que subiram ao palco da última vez que foi necessário um pedido de desculpas e o imponente Bill Kaulitz por quem o público esperava, com um fato robótico e um cabelo diferente do que conhecemos durante a altura de Scream/Room 483. Ouve-se “Noise” e “Human Connect to Human” para dar início a um concerto que, a julgar pelo aparato no palco, se adivinhava cheio de surpresas. Desde escadas a todo o redor do palco a lança chamas a serem estreados durante “Hey You!” as surpresas, de facto, eram muitas.

O menino que parece, para o público, ser mais bonito que o seu gémeo, aproximou-se para pedir que cantassem com ele “Alien” antes de fazer o Pavilhão saltar com o single “Ready Set Go”. Agradecimentos e projecções que levaram à histeria, levaram os Tokio Hotel a sentarem-se para um unplugged de duas músicas em que bateram fortes palmas ao público e agradeceram todo o apoio que têm dado ao longo da tour, antes de partirem para Phantomrider.

Parecia agora que já tinha chegado ao fim, mas ainda era cedo. Tom e George atiram a água que lhes resta aos fãs e saem do palco para Bill emergir numa mota para “Dogs Unleashed”. Em “Love and Death”, atingiram-se níveis perigosos de agudos e algum desafino, seguindo-se “In Your Shadow (I Can Shine)” que fez correr lágrimas e “Automatic”. Pouco depois, estávamos prontos para o encore. O típico abandono do palco, um pedido de regresso esforçado pelo – literalmente - pequeno público e volta a ser um propósito o elevador no centro do palco. Os gémeos sobem para “Zoom Into Me”, com Tom ao piano que, num momento de dramatismo, começa a arder. Evidentemente, não podia faltar “Monsoon”, música que tocam desde 2005 e que mais os projectou em Portugal. De saída, Gustav desce do seu recanto e brinca com os fãs tentando controlar-lhes o tom dos gritos antes de voltarem a um segundo encore – afinal a bola de onde saíram ainda não tinha fechado. A ouvir-se “Forever Now”, para a despedida, chovem papéis coloridos e os quatro fecham-se na bola metálica.

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Não ficou uma promessa de regresso, a interacção foi pouca mas sentida. No cimo do Pavilhão Atlântico lia-se “The Real Fans Always Come Back”, mas a julgar pela lotação fraca (justificada possivelmente pela quinta-feira e por alguma sanidade que ainda resta a alguns pais), podemos só perguntar-nos “até quando?”

Fonte: festivaisdeverão
Créditos: Texto & Foto: Raquel Silva


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