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quarta-feira, 27 de março de 2013

Mais dois sites cessam funções por pressão da ACAPOR

Não há duas sem três. Hoje chegou a vez do Oxe7 suspender a páginas após ameaça de processo judicial. O BTnext está inacessível, mas não houve ainda reacções da administração


O site de divulgação de ficheiros Oxe7 encerrou após queixa da ACAPOR à Procuradoria Geral da República. A cessação das actividades da página vem no seguimento do encerramento de outros sites semelhantes nos últimos dias e que ganhou maior visibilidade ontem com o final do website Né & Miguelito, "provavelmente o quarto maior site nacional pirata", pelas palavras da própria associação, que defende os direitos de autor, e do PCDLinks, um dos maiores fóruns nacionais.

A ACAPOR aponta o dedo a quem se vale "do anonimato que a internet confere" para ganhar dinheiro, subverter "toda uma indústria e queimando pelo caminho milhares de postos de trabalho". O Oxe7 já tinha sido suspenso o ano passado, mas depois de proceder a uma limpenza de conteúdos manteve-se operacional, até hoje.

A administração do Oxe7 deixou, como de resto já tinha sido feito pelos gestores de Né & Miguelito, PDCLinkd e, a 16 de Março, do Cinematuga, um comunicado, onde refere que o que os movia era o espírito de partilha de cultura e conhecimento. "O objectivo do OXE7 sempre foi proporcionar a todos os portugueses o acesso à cultura e dar a conhecer as últimas novidades a nível cinematográfico, musical, etc.. Graças a nós muitos portugueses viram excelentes filmes europeus que nem sequer chegam ao país, demos oportunidade de todos terem acesso às últimas novidades cinematográficas, mesmo aqueles que moram a dezenas de quilómetros de um cinema ou a comunidade emigrante. Graças a nós demos a conhecer aos portugueses vários grupos musicais que não passam cá nas rádios e que sem nós não teriam conhecimento", é possível ler.

Os administradores do Oxe7 relembram ainda "um estudo, encomendado pela Comissão Europeia, que concluiu que mesmo se as opções de partilha não existissem, não comprariam música nas lojas. Ou seja, as pessoas compravam o que gostam, mas deixavam de conhecer toda a diversidade de música que existe".

Já o BTNext tem estado inacessível, não nos sendo possível averiguar se se trata de uma situação semelhante às que temos vindo a noticiar, ou apenas uma operação de manutenção rotineira.