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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Google Glass apresenta falhas de segurança

Tal como outros dispositivos Android, o Google Glass apresenta graves falhas de segurança, não só informática


O computador em forma de óculos da gigante das pesquisas pode ser facilmente hackeado e acedido por estranhos a informações pessoais, uma vez que não tem controlo por PIN ou qualquer tipo de autenticação.

Jay Freeman, ou saurik como é conhecido no meio hacker, é famoso pelo seu trabalho no jailbreak de iPhones e pela criação do Cydia, uma aplicação que permitia o download de outras aplicações para serem usadas em iPhones e iPods com jailbreak.

Recentemente foi descoberto por Freeman que os óculos do Google têm uma capacidade de "root" que permite fazer a ligação dos óculos a um computador e correr alguns comandos remotamente.

Uma vez que o hacker tenha acesso "root" (Administrador do Sistema) dos óculos, ele tem mais poderes do que se acedesse a um smartphone ou um computador, uma vez que os óculos têm uma câmara e um microfone que permite ver todos os movimentos e ouvir tudo o que o utilizador está a fazer a partir de um computador ou de um smartphone.

Mais grave ainda: permite qualquer pessoa mal intencionada aceder às passwords, uma vez que a introdução das mesmas é feita com recurso à câmara.
Permite ainda tirar fotografias remotamente às chaves de casa, à introdução dos códigos de segurança, registar tudo o que escreveu com uma caneta em papel. Nada está seguro após o Google Glass ter sido hackeado.
Ainda que o dispositivo mostre uma luz vermelha quando está em gravação, o utilizador poderá nem reparar, uma vez que a luz aponta para a direcção contrária a que o utilizador está a olhar.

Freeman estima que sejam necessários apenas 10 minutos para que o hacker tenha acesso root dos óculos e explorar as vulnerabilidades.

 "Infelizmente, devido à forma como o Glass é atualmente concebido, é particularmente susceptível aos problemas de segurança que tendem a atingir os dispositivos Android", afirmou. Ele recomenda que os óculos do Google devam ter um sistema de protecção, como biométrica usando padrões da íris ou voz.

Os óculos nem sequer têm um sistema de introdução de PIN, estando prontos a usar assim que se ligam.

Freeman foi um dos contemplados com acesso prévio aos óculos pelo Google Glass Explorer Program, que permitiu a alguns utilizadores terem acesso aos mesmos antes da colocação do produto no mercado.

Alguns dos utilizadores já colocaram no Youtube diversos vídeos a utilizarem os óculos ou a mostrarem a abertura da embalagem.

Até agora não houve qualquer palavra por parte da Google face a este problema que, certamente, não estavam à espera.