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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Empresa retira do site projectos para armas 3D

O governo norte-americano ordenou à Defense Distributed que retirasse do site os projectos de armas destinadas a serem criadas em impressoras 3D. The Pirate Bay mantém os ficheiros


Depois de terem sido feitos mais de 100 mil downloads de projectos de uma arma real e funcional, o governo norte-americano interveio e ordenou a sua retirada do site Defcad à empresa que os tinha disponíveis, a Defense Distributed. Os projectos destinam-se à impressão tridimensional, numa impressora própria para esse efeito, e as armas assim construídas, em plástico, disparam e são perfeitamente funcionais.

No entanto, é pouco provável que os ficheiros deixem de estar disponíveis em outras páginas - a partir do momento e que se disponibiliza um ficheiro na internet, principalmente de algo que apele à curiosidade ou que seja polémico, dificilmente se lhe consegue pôr mão.

Os ficheiros do Defcad estavam alojados no Mega e quase certamente ainda se mantém nos servidores de Kim Dotcom, embora, segundo as políticas de privacidade do próprio "cacifo virtual", ninguém lhes poderá aceder a não ser o próprio uploader. 

O The Pirate Bay também tem estado a disponibilizar torrents para o download dos sketches, e de uma forma esmagadora: à hora de redacção, existiam 2426 seeders e 73 leechers, o que pode dar aos utilizadores acesso aos planos, de pouco mais de 2MB, em poucos segundos dependendo da velocidade de ligação à internet. O fundador da Defense Dstributed, Cody Wilson, disse à BBC que "assim que as pessoas ouviram o que aconteceu, o Pirate Bay explodiu. Estou aqui sentado agora, a ver os downloads aumentarem e diminuírem".

O Departamento de Estado alega que estas armas poderão violar as regulações de controlo de armamento, e foi isso que moveu a ordem de retirada. Wilson poderá ter violado as leis que controlam o envio de armamento para outros países ao disponibilizar os projectos na internet, não só para os utilizadores norte-americanos, mas também para todo o Mundo.

Wilson defende-se afirmando que a empresa tinha um acordo com a International Traffic in Arms Regulations (ITAR), que controla o tráfego de armamento de e para os EUA.