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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Associação Salvador distingue prótese para crianças

Organização criada em 2003 por Salvador Mendes de Almeida premeia tecnologia made in Portugal para melhorar as condições de vida dos deficientes motores.


A «Walk HD» pode crescer até 12 centímetros

Talvez nunca tenha pensado nisto, mas uma criança a quem tenha sido amputada uma perna terá de trocar a prótese diversas vezes durante o seu crescimento. Para além de ser caro, a adaptação é quase sempre um processo penoso.

Sensibilizados com o problema, dois jovens estudantes de mestrado do Instituto Politécnico de Leiria, João Leite e João Ferreira, conceberam uma prótese que visa acompanhar o crescimento de crianças amputadas. Um projeto agora distinguido com o prémio "Ser Capaz - Inovação e Tecnologia", uma iniciativa da Associação Salvador.

A organização fundada em 2003 por Salvador Mendes de Almeida, tetraplégico aos 16 anos em consequência de um acidente de viação, pretende desta forma estimular a investigação na área da reabilitação psicomotora.

Nesta primeira edição do prémio, o júri composto por António Câmara (YDreams), Fernando Lobo (Universidade do Algarve) e Salvador Mendes de Almeida, distinguiu ainda mais dois projetos: um dispositivo que permite alcançar pequenos objetos, como por exemplo um molho de chaves de Luís Alexandre e Diogo Correia (Universidade da Beira Interior), e um sistema que acende a luz de um quarto assim que a pessoa entra e apagá-la, quando sai. Um trabalho de Flávio Rosa Soares, aluno do Instituto Politécnico de Leiria.

O prémio "Ser Capaz - Inovação e Tecnologia" contou com o patrocínio dos mecenas da Associação Salvador, Banco Espírito Santo e Semapa. As candidaturas para a segunda edição serão abertas em meados de Abril.

1.º PRÉMIO €7.000: WALK HD (WALK HELP DEVICE)


Cody McCasland, criança norte-americana que nasceu sem pernas é a principal fonte de inspiração deste projeto. Aos 7 anos já tinha usado nove próteses diferentes. Segundo os autores, a Walk HD poderia ser produzida em série devendo custar entre €3.500 e €8.500. As atuais custam entre seis e 12 mil euros. A Walk HD é feita em alumínio, fibra de carbono e borracha natural.

Autores: João Leite e João Ferreira (ambos de 22 anos), alunos do mestrado em Engenharia da Conceção e Desenvolvimento do Produto do Instituto Politécnico de Leiria.
Desenvolvimento: 6 meses

Próximo passo: Construir um protótipo já que todos os testes foram realizados em computador


MENÇÃO HONROSA €1.500: AUXILIAR PARA ALCANÇAR OBJETOS


Este dispositivo tem como objetivo facilitar a vida de pessoas com mobilidade limitada, permitindo apanhar objetos até cerca de 0,5 Kg que estejam no chão ou em cima de uma mesa.

Autores: Luís Alexandre (39 anos) e Diogo Correia (23), professor de informática e ex-aluno da Universidade da Beira Interior, respetivamente.

Desenvolvimento: 2 meses

Custo do protótipo: €300

Próximo passo: Concluir o protótipo (ainda falta a componente eletrónica) e procurar um comprador. Talvez formar uma empresa.


MENÇÃO HONROSA €1.500: SIMON PROJECT


O objetivo era aumentar a autonomia do Simão, um rapaz de 9 anos que sofre de Distrofia Muscular de Duchenne. Este sistema é ativado através de duas barras refletoras instaladas na cadeira de rodas e poderá funcionar para qualquer dispositivo elétrico. Segundo o autor, deverá custar cerca de €23 por divisão.

Autor: Flávio Rosa Soares (18 anos), aluno da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica do Instituto Politécnico de Leiria

Custo do protótipo: €100

Próximo passo: Evitar que a luz se desligue se já estiver ligada quando se entra nesse quarto e instalar o dispositivo em todas as divisões da casa do Simão. O dinheiro do prémio vai ajudar.

fonte: Expresso



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