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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Countdown – Os discos do ano (Parte 1)

O DJ Puto P inaugura uma nova e temporária rubrica: A “Countdown” vai dedicar-se, dia sim, dia não, a analisar tudo o que foi feito, desfeito, acontecido e por acontecer em 2012, até ao último segundo do último dia do ano. O conceito é simples: metade sai no dia sim, a outra metade no dia não. Assim, há lista fresquinha todos os dias, sem desgaste!


Sublinhe-se que toda e qualquer escolha é da responsabilidade dos autores e que podem não reflectir a opinião dos leitores. Críticas são aceites na caixa de comentários. Também sabemos – e esperemos que vocês também – que dez “coisas” é pouco para condensar um ano tão intenso como este que caminha para o seu final. Mas é uma tentativa – e é uma boa tentativa, digamos – de o espelhar; ah, e sem ordem definida!, o primeiro a ser revelado não quer dizer que seja o melhor, apenas um dos dez melhores.

Comecemos com os álbuns do ano.

1. ¡Uno!/¡Dos!– Green Day

Não é um álbum, são três (com o terceiro –  ¡Tre! – com previsão de lançamento para Janeiro). A banda pop-punk norte-americana lançou, em Setembro e Novembro, os dois primeiros tomos da trilogia. O primeiro segue uma linha mais pop, ao género que a banda nos tem habituado nos últimos tempos, mas não necessariamente má; já o segundo segue um estilo mais “garagem”, mais sujo. Ambos foram positivamente aclamados pela crítica. De ressalvar que, para o lançamento dos álbuns, foi criado um jogo de Angry Birds dedicado à banda.
A ouvir: “Oh Love

2. Born to Die – Lana Del Rey

O álbum de estreia da norte-americana veio mostrar que Lana não é apenas mais uma cara bonita da música, mas também uma voz como há muito não se ouvia, alternando entre o profundo e o etéreo. No entanto, embora possamos encontrar temas irrepreensíveis como “Blue Jeans” ou o tema homónimo do álbum, este está longe de ser um disco perfeito. A perfeição virá com a maturidade.
A ouvir: “Video Games

3. Les Fleurs du Mal – Therion

Em metal, criar um álbum conceptual é o pão nosso de cada dia, mas pegar numa das obras mais aclamadas da poesia francesa – “Les Fleurs du Mal”, de Charles Baudelaire – para criar um álbum de covers tinha tudo para ser um tiro no pé. E para a editora Nuclear Blast, foi mesmo, já que se negou a financiar a gravação. No entanto, o disco que celebra os 25 anos de carreira da banda saiu mesmo e, embora não seja bem aquilo a que nos habituaram, é digno de ser ouvido.
A ouvir: “Initials B.B.” (um original de Serge Gainsbourg dedicado a Brigitte Bardot) 

4. Seasons: Rising/Seasons: Falling – David Fonseca

Mais um álbum que são dois, mas mais que um disco duplo, um complementa o outro. E confesso: a fórmula é a mesma que nos álbuns anteriores. E isso, no caso de David Fonseca, um dos músicos portugueses mais criativos, é muito bom. A criatividade e o facto do músico se divertir enquanto compõe reflecte-se em cada uma das faixas. 

5. MDNA – Madonna

Goste-se ou odeie-se, Madonna é Madonna e este é o 12º álbum de estúdio da cantora norte-americana, que passou em Portugal para um concerto que encheu o estádio de Coimbra. O disco estreou no topo da Billboard com 359.000 cópias vendidas na primeira semana e alcançou o primeiro lugar em trinta outros países. Madonna trabalhou com produtores como Ben Benassi e Martin Solveig no álbum, que viu a luz do dia em Março.
A ouvir: “Turn Up the Radio

Sara Pereira
Jornalista Freelancer