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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Depois da operação Payback, a operação Leakspin



O grupo Anonymous, que se acredita que estejam por trás dos ciberataques que durante a semana atingiram organizações como a MasterCard, a Visa e a PayPal, por terem cortado relações com a WikiLeaks, vão começar a atacar por outra frente – a informação. Um “cartaz” virtual que circula pela internet explica no que consiste a nova técnica.

Na nova vaga de ataques, denominada “operação Leakspin”, os hackers vão ler os telegramas, publicados pela WikiLeaks, que ainda não foram divulgados na imprensa e que possam ser reveladores. A ideia é que a leitura seja publicada em sites como o Youtube, com etiquetas (tags) enganadoras com algumas das palavras mais pesquisadas, para que procurando por esses termos os vídeos sejam encontrados.

Apesar da nova “arma”, os ataques por negação distribuída de serviço (DDoS) não deverão ter chegado ao fim.

Um representante do grupo, contactado pela Lusa e que preferiu não ser identificado, garantiu que os ataques "continuarão o tempo que seja necessário" e que há cada vez mais apoio na rede para as suas iniciativas.

"Não podemos indicar claramente quem são os nossos próximos alvos", frisou, referindo que os objetivos continuam a ser as presenças "corporativas" na internet.

"Estamos a visar agências ou organizações que censuraram o Wikileaks. Ou melhor, que têm uma agenda anti-Wikileaks", sublinhou o mesmo representante notando que "nem todos os que não gostam do Wikileaks censuraram o site".

Num comunicado difundido através do twitter, o grupo insiste que a "Operation Payback" -- que visou sites como os da Visa, MasterCard, Amazon e Paypal -- "não tem como objetivo visar qualquer infraestrutura crítica" das empresas.

"Visamos apenas os seus sites corporativos, ou seja, a sua face pública. É uma ação simbólica (...) uma expressão legítima de dissidência", refere o comunicado.
No comunicado, o Anonymous explica que não se define como um grupo mas sim "como um espaço de encontro na Internet", com uma estrutura de comando "descentralizada" que "opera em ideias mais que em diretivas".

O representante rejeita que os membros do Anonymous estejam a realizar "qualquer ataque não autorizado a algo, ou a destruir seja o que for" quando visam os websites.

"Odiamos ser chamados hackers porque não somos hackers", afirmou o representante contactado pela Lusa.

Os ataques estão a ser possíveis mediante a coordenação de milhares de computadores em todo o mundo, com um aumento significativo nos últimos dias, das descargas do programa "LOIC" usado para essas acções.

Recentemente o grupo mudou o seu programa, passando a utilizar o HOIC (High Orbit Ion Cannon) que consideram "muito mais eficaz".


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