“Última hora: Presidente Barack Obama assassinado, dois ferimentos de bala foram de mais. É um triste 4 de Julho para a América.” Esta mensagem fechou o falso relato da morte do Presidente dos EUA, que se leu esta manhã numa das contas da Fox News no Twitter, por acção de um grupo de hackers.
A falsa notícia foi abundantemente reproduzida no Twitter, mas os leitores cedo denunciaram o embuste. “A @foxnewspolitics está a ter um 4 de Julho duro. #hacked”, escreve a advogada Kay Lam-MacLeod. “Falso”, atesta, seguro, o utilizador @Anonym_Iran, a partir de Teerão.
“Acabámos de recuperar acesso total às nossas contas de Twitter e de e-mail. Feliz 4 de Julho”, começou por ler-se hoje no feed da secção de Política da Fox no Twitter. Pouco depois, seguia a mentira do dia para os mais de 34 mil seguidores daquela conta: “@Barack Obama acabou de falecer. O Presidente está morto”.
A história mereceu mais cinco tweets, para informar que o homicídio tinha acontecido durante uma acção de campanha, num restaurante do Iowa. Mais ficção: Barack Obama foi atingidos duas vezes, com uma bala no pescoço e outro na zona pélvica. “O atirador será encontrado”, insurgiu-se a Fox, que acabou por apresentar as condolências à família e desejar “a melhor das sortes” ao novo Presidente.
Os pontos de interrogação surgiram em massa, ora incrédulos, ora a desvalorizar a informação. E tinham razão: a notícia tinha a assinatura de um grupo (de facto, pode ser apenas uma pessoa) intitulado The Script Kiddies, epíteto por que são conhecidos os hackers inexperientes que usam software desenvolvido por outros. A Fox voltava assim a ser alvo de ataque digital, depois de em Maio ter visto o seu site ser ocupado pelo Lulz Security, entretanto dissolvido.
A Fox News é a estação de televisão mais vista nos Estados Unidos, com larga vantagem sobre a CNN e a MSNBC. A sua linha editorial conservadora é por norma avessa ao programa político do democrata Barack Obama. Hoje, 4 de Julho, comemora-se a proclamação da independência dos Estados Unidos, que remonta a 1776.
Fonte: Público
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