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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Video didn’t kill the radio star. Rádios lideram no Facebook


No final da década de 70’s, com o aparecimento do canal – na altura, de música – MTV, os Buggles apregoavam que o vídeo tinha assassinado as estrelas da rádio. Porém, as redes sociais gritaram “clear!” e reanimaram as ondas electromagnéticas. 


Durante o mês passado, as páginas de media com maior crescimento foram, precisamente, de rádios, com a Comercial a liderar.

Só em Dezembro de 2012, a Rádio Comercial juntou mais 505 aos 644.498 que já tinha desde a criação da página. A RFM, em segundo lugar de crescimento, teve 457 “likes”. A razão passa não só pela interacção com o ouvinte, mas também – e sem dúvida! – a publicação de vídeos das músicas que passam nas respectivas rádios.

Com o advento das redes sociais, os locutores deram a cara à voz já conhecida do público, e iniciaram uma interacção que, na rádio, apenas era possível por correio ou, raros casos, em programas específicos. Nomes como Nuno Markl, José Coimbra, Paulo Fragoso ou Vasco Palmeirim tornaram-se conhecidos não só pela voz, mas pela resposta que dão, quase instantânea, nas respectivas páginas pessoais, de fãs ou da estação.

O primeiro canal televisivo de sinal aberto que aparece na contagem é a TVI, e apenas em oitavo lugar, com um crescimento de 311 fãs em relação ao mês anterior. Ainda assim, programas específicos da estação estão bem acima na lista: A página oficial da Casa dos Segredos tem quase três vezes mais “likes”, em menos tempo. Fica por saber se é por desinteresse geral na televisão, acrescida de um interesse no tipo de programas, já que a página dos programas são actualizadas constantemente e – lá está – existe interacção entre os gestores e os utilizadores.

Na imprensa escrita generalista, o que acontece no Facebook é um reflexo da realidade, com o Correio da Manhã, líder de vendas em papel com 53,1% de cota de mercado, à frente. No Facebook, o CM angariou mais 286 fãs, seguido do Jornal de Notícias, com mais 230 em relação a Novembro do ano passado. A surpresa foi o Jornal Económico que, embora tenha um público mais restrito, teve mais 330 “gostos” – fazendo do JE o título de imprensa que mais cresceu na rede.

Sara Pereira
Jornalista Freelancer