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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Editoras tentam boicotar lançamento do sucessor do Megaupload


Kim Dotcom acusou hoje as editoras de estarem a usar o seu poder de influência para tentar boicotar o lançamento do seu novo serviço online, o Mega. A campanha publicitária começou hoje na nova Zelândia e foi suspensa logos após a emissão da primeira peça. 


Com data de lançamento prevista para sábado, 19 de janeiro, o Mega sucede ao Megaupload, um dos serviços de partilha de ficheiros mais utilizado em todo o mundo e que em 2012, precisamente na mesma data, foi encerrado pelas autoridades na sequência de uma operação do FBI que culminou numa série de acusação contra Dotcom e os restantes fundadores do projeto. 

A campanha publicitária que deveria divulgar a chegada do novo Mega a partir de hoje foi contratada com a Mediaworks, que gere cerca de uma dezena de canais de televisão e rádio na Nova Zelândia (onde Kim Dotcom vive) que cancelou a divulgação. 

Os 500 anúncios contratados com o grupo não serão emitidos por pressões de algumas editoras, acusou Kim Dotcom, que vê na decisão da cadeia de media um resultado de um "abuso de poder" por parte das editoras. Em declarações à imprensa local, um porta-voz da Mediaworks disse apenas que o cancelamento da campanha teve a ver com "questões comerciais" e acrescentou que esta é "uma situação única". 

A nova plataforma está a ser preparada desde setembro e como já garantiu Kim Dotcom será melhor, maior e mais segura que o Megaupload. O corte na campanha publicitária foi um revés na divulgação do lançamento que o hacker tem classificado como uma revolução no mundo da Internet, mas deverá ter pouco impacto a nível global. 

Além do empenho no desenvolvimento de uma alternativa ao Megaupload "blindada" a questões de pirataria, Kim Dotcom tem usado toda a sua energia para não deixar de ser notícia, enquanto aguarda pela decisão da justiça da Nova Zelândia sobre o pedido de extradição para julgamento nos Estados Unidos, e tem conseguido. O perfil do Twiiter, onde hoje acusou as editoras, tem sido o seu maior palco. 

Fonte: TeK