Menos de um ano depois de terem apresentado a teoria, investigadores criam dispositivo que absorve luz
Investigadores da Universidade de Yale, nos EUA, anunciaram esta semana ter conseguido transpor para a realidade o teórico antilaser, dispositivo capaz de anular o revolucionário raio laser. A descoberta chega mais de 50 anos depois da invenção do laser, porta para avanços tão diferentes como operações aos olhos e às cordas vocais, leitores de DVD ou fotodepilação.
A invenção foi publicada na revista "Science". O físico de Yale que propôs o antilaser em Julho do ano passado, A. Douglas Stone, conseguiu torná-lo realidade em menos de um ano. O princípio é relativamente simples: assim como o raio laser resulta de um feixe de luz amplificado num meio condutor, neste caso o arsenieto de gálio, a equipa supôs que utilizar um meio absorvente - silicone foi o escolhido - tivesse o efeito contrário. Testaram o dispositivo com dois feixes de luz, que ao deparar-se com o meio de silicone ficaram presos, acabando por ser absorvidos. A energia foi libertada na forma de calor. Em comunicado, a equipa explica que este dispositivo, em teoria, consegue absorver 99,999% da luz. Na fase experimental conseguiram uma eficácia de 99,4%. Para já, o antilaser tem um centímetro de largura mas a equipa acredita poder reduzir a escala à largura de um fio de cabelo, para poder aproveitá-lo em aplicações laser ao nível micro. A utilidade está para já no plano da expectativa. No comunicado, Stone adianta que o dispositivo, a que chamam absorvente coerente perfeito (CPA), pode ser utilizado como interruptor óptico ou detector na próxima geração de computadores ou aperfeiçoar os actuais exames radiológicos.
fonte: Jornal i
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