Microsoft estreia-se na Oitava Geração de consolas com a XBox One, apresentada hoje. Também foram desvendadas novidades relativas ao remodelado Kinect que dá um novo significado à imersão em videojogos
O nome da consola foi mais do que falado nos últimos meses. Desde Durango a XBox 720, a XBox Infinity ou, simplesmente, Xbox, nenhum deles estava correcto. A XBox One foi hoje apresentada nos escritórios de Redmond e, embora o nome não seja original (basta lembrar da versão compacta da consola da Sony, apelidada PS One), faz todo o sentido: além de ser a entrada da Microsoft na Oitava Geração de consolas, é de tal forma inovadora que promete mudar todo o paradigma dos videojogos.
Na verdade, chamar-lhe "consola" é um pouco redutor, já que este aparelho é um "tudo-em-um". Funciona como box de televisão, permitindo o visionamento interactivo de eventos (por enquanto apenas nos Estados Unidos) e integração com serviços de música. É possível também ultilizar o Skype através da própria XBox, incluindo vídeo-chamadas em grupo, sem precisar de fechar as outras actividades: pode continuar a jogar ou ver televisão enquanto faz a chamada de vídeo, tal e qual como num computador.
Em termos de especificações técnicas, nunca uma consola foi tão poderosa, com uma RAM de 8GB e um processador octacore, servidos por um disco de armazenamento de 500GB e três sistemas operativos (XBox OS, Windows e um terceiro para os interligar permitindo saltar de um para outro instantaneamente). A XBox One tem também leitor de Blu-Ray, entradas USB 3.0 e Wi-fi 802.11n interno.
Outra das grandes novidades é a versão melhorada do Kinect, que será vendido juntamente com a consola. Em vez de utilizar projecção de infravermelhos, uma câmara time in flight de 1080p - onde a acção é "sentida" através do tempo que a luz de cada pixel demora para voltar ao sensor - dá uma maior qualidade, fluidez e precisão e consegue mesmo ler os batimentos cardíacos do utilizador em programas de exercício a serem lançados. Juntamente com o novo controlador, que teve um total de 40 modificações de design e acção, a XBox One consegue reconhecer o jogador.
Também o XBox Live foi remodelado para um dashboard que lembra o Windows 8 e que é controlado por comandos de voz e movimentos. Outra das mudanças drásticas é a integração com smartphones e tablets através do SmartGlass.
Os videojogos não puderam ficar de fora na apresentação conduzida por Don Mattrick. A primeira fornada de títulos incluem os desportivos NBA Live e FIFA, conteúdos exclusivos para Call of Duty: Ghosts e o regresso do Forza Motorsport, com o quinto título da franquia a ser lançado ainda este ano, tal como Quantum Break, pelos mesmos autores de Alan Wake, um dos primeiros exclusivos a serem adiantados. A Microsoft promete apresentar mais jogos exclusivos para a One na conferência E3, mas confirma aquela que poderá ser a grande desvantagem da sucessora da 360: não haverá retrocompatibilidade. O Halo regressará, mas sob a forma de uma série de imagem real, com produção de Steven Spielberg, disponível através do Live.
Ainda não há data para a XBox One chegar às lojas, nem informações sobre o preço, mas a E3 irá trazer novos desenvolvimentos, já em Junho.