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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A febre Harlem Shake, difícil de explicar, fácil de dançar

Alguém começa a dançar solitariamente. Depois, uma multidão entra em euforia. Chama-se Harlem Shake e é o mais recente fenómeno viral da internet.


Os fenómenos virais na internet nem sempre são fáceis de explicar. Sim, claro, depois do Gagnam Style se ter tornado um acontecimento o ano passado, surgiram muitas hipóteses explicativas. Mas depois de acontecerem é fácil. Antes ou durante é mais difícil.

Concentremo-nos agora no Harlem Shake, o mais recente fenómeno viral da internet. Esse é o nome de um tema do DJ e produtor americano Baauer, de apenas 22 anos, que circulou o ano passado junto de entendidos por novas correntes musicais, neste caso o trap, junção de batidas sintéticas com baixas frequências provenientes de elementos de diversas famílias musicais (hip-hop, house, dubstep ou dub).

O tema foi lançado numa das editoras de Diplo, produtor e DJ americano ligado às músicas electrónicas das margens, próximo dos portugueses Buraka Som Sistema. Ou seja, o tema Harlem shake foi celebrado em 2012 apenas junto de públicos minoritários. Mas há duas semanas algo de muito inesperado aconteceu.

Começou com um simples vídeo feito por um grupo de australianos, que dançavam ao som, lá está, de Harlem shake. No vídeo pode ver-se um homem que começa a dançar num quarto, enquanto os restantes parecem desinteressar-se da função. Mas passados alguns segundos a inversão de clima acontece quando a música chega a uma fase de crescendo e se ouve a frase “and do the harlem shake”. Nesse momento todos começam a dançar freneticamente ao som da música.

E é isto. Mas ‘isto’ foi alvo de uma quantidade inimaginável de réplicas para todos os gostos nos últimos dias. Neste momento, segundo o YouTube, já foram postados mais de 40 mil vídeos relacionados com o Harlem shake, num total de 175 milhões de visualizações. Ou seja, trata-se da típica paródia onde todos querem participar, sem que se perceba exactamente porquê.

E é claro que ninguém faz a mínima de quem é Baauer ou o trap. Na verdade, talvez não seja o mais relevante. Ora vejam:







Fonte: Público