Esta manhã, numa conferência de apresentação do Windows 8 em Lisboa, a subsidiária portuguesa da Microsoft mostrou algumas das dezenas de aplicações que foram desenvolvidas em Portugal, entre elas a do PÚBLICO.
O Windows 8 – que funcionará em computadores, tablets e aparelhos híbridos – tem associada uma loja de aplicações, semelhante à da Apple. Estas aplicações são desenvolvidas para tirarem proveito da nova interface de utilização, que é uma das mudanças mais radicais trazidas pelo novo sistema.
Em Portugal, empresas como a EDP, a Caixa Geral de Depósitos, o BES, o Continente, a Brisa e o Meo já desenvolveram aplicações. Também os media estão presentes na loja do Windows – é o caso do PÚBLICO, da RTP, da revista Sábado, da TVI e do Record. Há também aplicações criadas por programadores individuais.
Ao todo, “são dezenas” de aplicações portuguesas disponíveis para o dia do lançamento, adiantou na apresentação a responsável pelo Windows em Portugal, Rita Santos, que não conseguia especificar números, sendo esperadas mais aplicações ao longo das próximas semanas.
Philippe Rogge, o director-geral da Microsoft no Luxemburgo e na Bélgica e que é o director interino na Microsoft Portugal na sequência da saída de Cláudia Goya para a subsidiária brasileira, elogiou a capacidade de criação de conteúdos portugueses para a nova plataforma.
A apresentação em Portugal não trouxe novidades: o sistema operativo é conhecido há muito e o tablet Surface, fabricado pela própria Microsoft e cuja data de comercialização no mercado português ainda não é conhecida, foi exaustivamente testado pela imprensa especializada.
Em Lisboa, numa de várias conferências que a multinacional organizou em diversos países, os responsáveis da subsidiária portuguesa fizeram questão de destacar a versatilidade do sistema com que a empresa espera uniformizar a experiência de utilização de vários ecrãs, do computador, ao tablet e ao telemóvel (o Windows 8 tem uma interface semelhante à do Windows Phone).
Mostraram um computador da Asus com ecrã táctil, um ultrabook (portátil muito fino e leve) da HP, um tablet da Samsung, um computador convertível da Asus em que o ecrã pode ser subido para revelar um teclado, um computador de secretária “tudo em um” da Sony com ecrã sensível ao toque e ainda um dispositivo híbrido, que pode funcionar como um tablet, mas ao qual pode ser acoplado um teclado (neste caso, funcionava com o Windows RT, o novo sistema semelhante ao 8, mas que tem algumas limitações e servirá sobretudo para equipar este género de aparelhos).
O mercado dos computadores pessoais tem estado em queda e o sucesso do Windows 8 é importante não só para a Microsoft, mas também para estes fabricantes parceiros, que, no segmento dos tablets, têm apresentado alternativas ao iPad essencialmente assentes no sistema operativo Android.
Em Portugal, o Windows 8 (versão Pro, a versão mais básica não será vendida para já) estará disponível no retalho por 70 euros. A actualização de computadores que tenham o Windows 7 custa 15 euros, mas muitos fabricantes de computadores anunciaram que reembolsarão os consumidores.
Fonte: Público