A Polícia Judiciária ainda não terá recebido qualquer queixa relativamente aos ataques informáticos de que vários sites terão sido vítimas desde ontem, na sequência de ações do grupo que se identifica como Lulzsec Portugal.
A "delegação" do grupo internacional com o mesmo nome, que esteve ligado a ataques a empresas como a Sony ou organizações como o FBI, terá atacado durante o dia de ontem os sites do PSD, CDS, Banco de Portugal, Bolsa SIC, SIS, Parlamento, entre outros.
O TeK falou com alguns dos visados, como PSD, que assumiu os ataques e admitiu que o site do partido continua com problemas. Na sequência do acontecimento o partido planeia agora reforçar o investimento na infra-estrutura online e torná-la mais resistente a este tipo de ação. Outros visados, como o CDS ou o Banco de Portugal garantem que não identificaram problemas nos respetivos sites, ao longo das últimas horas.
Embora continue com uma visibilidade significativamente mais reduzida que a "casa-mãe", o Lulzsec Portugal conseguiu desde ontem multiplicar por quatro o número de seguidores no Twitter, acumulando já mais de 240.
Polícia está atenta
Para investigar os alegados ataques, as autoridades têm de tomar conhecimento do assunto, o que em regra acontece por via de queixas apresentadas por lesados.
Neste caso em concreto não existem ainda queixas formais e, pelo menos no que se refere aos contactos que o TeK realizou, também não fica claro que vá ser apresentada alguma. Contudo, a PJ estará atenta à atividade destes grupos de hacktivistas e já terá mesmo levado a cabo investigações nesta área, nomeadamente numa lógica de colaboração internacional com autoridades de outros países.
Recorde-se que após a denúncia, pelos próprios grupos, de ataques contra grandes multinacionais e organizações de destaque, iniciou-se uma espécie de caça ao homem, que culminou em várias detenções. Não apenas entre alegados elementos do Lulzsec, mas também entre elementos do Anonymous.
Hoje em Londres foram detidos mais dois suspeitos de ligações aos dois grupos e já na semana passada as autoridades admitiam ter detido outros quatro suspeitos. Ações idênticas tiveram lugar ao longo dos últimos meses noutros países. No âmbito destas investigações internacionais fonte da PJ admite que Portugal já fez diligências.
Fonte: TeK (Sapo)
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