Um grupo de hackers uniu-se em defesa do fundador do Wikileaks e apelou através do Twitter a um ataque em massa a todos os sites e domínios na internet que não quiseram alojar ou criticaram a página de Julian Assange. Os responsáveis pelos sites da Mastercard, Visa e do Banco suíço PostFinance confirmaram o ataque informático. O domínio .pt foi um dos que também rejeitou alojar o Wikileaks.
Através do Twitter, os responsáveis do grupo "Anonymous" anunciam os novos alvos a atacar. Após horas de ataques contínuos contra a Mastercard, os activistas virtuais decidiram apontar agulhas para o "Visa.com". "Alvo: 'www.visa.com'. Disparar, disparar, disparar", diziam.
Os ataques destes hackers são de denial-of-service (DDoS), técnica que consiste no pedido massivo de acessos a um determinado site, o que acaba por deixá-lo offline.
"A primeira guerra da informação começou. Envie por Twitter e poste isso em qualquer site", proclamava um dos hackers.
O "Anonymous" também conseguiu afectar gravemente o funcionamento do PostFinance, banco suíço que também bloqueou a sua conta ao WikiLeaks, e ao escritório de advocacia sueco que representa as duas mulheres que acusaram Assange de abuso sexual.
Desde que o WikiLeaks começou a publicar as correspondências secretas da diplomacia americana e o site começou a sofrer assédio de empresas e Governos, o "Anonymous" decidiu lançar a "Operação Vingar Assange".
"Embora não estejamos filiados ao WikiLeaks, lutamos pelas mesmas razões. Queremos transparência e combatemos censura", acrescentou o grupo.
Hipótese de sites nacionais serem atacados é "muito reduzida"
Esta ameaça atinge também o domínio.pt que recusou o registo do "Wikileaks.org.pt". É precisamente um dos portugueses que o tentou registar, o professor Mário Valente, que explicou à SIC Notícias que a hipótese das páginas de internet nacionais virem a ser atacadas é muito reduzida.
Portugal recusou registo de wikileaks.org.pt
A Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) recusou esta semana o registo do site wikileaks.org.pt pedido por Mário Valente.
A Fundação diz que "se detectou não estarem cumpridas as condições sobre a composição de nomes de domínio e respectiva base de registo".
Fonte: sic
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