A informação já começou a ser libertada. Saiba aqui o que dizem os diplomatas norte-americanos e o que pede Washington aos seus representantes.
O site da Wikileaks, organização internacional que divulga importantes documentos confidenciais, sofreu um ataque pirata e continua inacessível. O anúncio foi feito pela ornanização que se preveniu e enviou para 5 jornais os mais de 250 mil telegramas diplomáticos que anunciara divulgar este Domingo ao mundo.
The New York Times, The Guardian, Le Monde, Der Spiegel e El Pais estão no entanto a divulgar a informação confidencial revelada pela Wikileaks - a organização já tinha previsto este ataque informático e enviou a documentação para estes meios de comunicação social.
A administração norte-americana tentou até à última hora travar a divulgação dos documentos, dizendo que a sua revelação iria colocar muitas vidas em risco, ameaçar operações anti-terroristas e prejudicar as relações dos EUA com os seus aliados.
(esta notícia está em constante actualização)
ONU e Ban Ki-moon
Numa directiva confidencial, assinada por Hillary Clinton em Julho de 2009, e enviada para diplomatas norte-americanos, pede-se que sejam recolhidas informações técnicas sobre o sistema de comunicações usados pelas tropas das Nações Unidas, incluindo passwords e as chaves dos documentos encriptados.
Do secretário-geral da ONU, dos principais oficiais da organização e até dos representantes dos membros do Conselho Permanente pede-se que sejam recolhidos dados biométricos (ADN, impressões digitais e o scan da íris), números dos cartões de crédito, contactos e os dados biográficos. No caso de Ban Ki-moon e dos responsáveis de algumas agências da ONU são pedidos dados sobre a sua personalidade, eficácia, estilo de gestão e grau de influência. A directiva da secretária de Estado norte-americana foi enviada para 33 embaixadas e consulados norte-americanos e parece ter envolvido toda a rede dos serviços secretos dos Estados Unidos para além da CIA e do FBI.
Palestina e Israel
As missões diplomáticas em Israel, Jordânia, Síria, Arábia Saudita e Egipto receberam instruções para reunir informação biométrica "dos líderes e representantes-chave da Autoridade Palestiniana (AP) e do Hamas" bem como evidências de compadrio entre as forças de segurança da AP e grupos terroristas.
Irão
O rei Abdullah da Arábia Saudita pediu repetidamente aos Estados Unidos que ataque o Irão para destruir o programa nuclear. A indicação faz parte de memorandos secretos de várias embaixadas nos países do Médio Oriente. "Ele disse-vos para cortarem a cabeça à serpente", terá dito o embaixador saudita em Washington, segundo o relatório do encontro entre Abdullah e o General Petraeus, em Abril de 2008.
As comunicações diplomáticas dão conta também das preocupações de Israel sobre a existência de uma nova potência nuclear na região. Ehud Barak, ministro israelita da Defesa é citado, em Junho do ano passado, dizendo que "há uma janela de oportunidade de 6 a 18 meses em poderá ser viável travar a aquisição de armas nucleares pelo Irão," período depois do qual "qualquer solução militar poderia resultar em danos colaterais inaceitáveis."
Líderes da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egipto referem-se ao Irão como o "diabo", "uma ameaça real" e "a potência que nos vai levar à guerra."
Paquistão
EUA e Grã-Bretanha partilham receios sobre a segurança do programa nuclear paquistanês. Com responsáveis no terreno a alertar para o risco de poder ser desviado material suficiente para que os terroristas construírem uma bomba.
Afeganistão
Os documentos apontam suspeitas de corrupção no governo afegão e um dos telegramas diplomáticos dá conta de um incidente que envolveu o vice-presidente Zia Massoud que terá sido apanhado com 52 milhões de dólares numa mala durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos.
Google
A operação do gigante da internet foi várias vezes atacada na China. Os documentos confidenciais apontam um autor dos ataques pirata: um alto membro do politburo que escreveu o seu nome no motor de busca e encontrou artigos que o criticavam pessoalmente.
Putin e Berlusconi
Os Estados Unidos questionam a relação próxima entre os primeiros-ministros das Rússia e de Itália. Há telegramas que dão conta de presentes luxuosos, lucrativos contratos de energia e uma relação pouco clara.
Terrorismo
A correspondência diplomática aponta os sauditas como os principais financiadores de grupos terroristas e detalha um acordo entre os EUA e o Iémen para encobrir o uso de aviões norte-americanos para bombardear alvos da Al-Qaeda. Durante uma reunião com o General David Petraeus, o comandante das tropas norte-americanas no Afeganistão, o presidente iemenita afirma: "Vamos continuar a dizer que as bombas são nossas e não vossas."
Fonte: ionline
The New York Times, The Guardian, Le Monde, Der Spiegel e El Pais estão no entanto a divulgar a informação confidencial revelada pela Wikileaks - a organização já tinha previsto este ataque informático e enviou a documentação para estes meios de comunicação social.
A administração norte-americana tentou até à última hora travar a divulgação dos documentos, dizendo que a sua revelação iria colocar muitas vidas em risco, ameaçar operações anti-terroristas e prejudicar as relações dos EUA com os seus aliados.
(esta notícia está em constante actualização)
ONU e Ban Ki-moon
Numa directiva confidencial, assinada por Hillary Clinton em Julho de 2009, e enviada para diplomatas norte-americanos, pede-se que sejam recolhidas informações técnicas sobre o sistema de comunicações usados pelas tropas das Nações Unidas, incluindo passwords e as chaves dos documentos encriptados.
Do secretário-geral da ONU, dos principais oficiais da organização e até dos representantes dos membros do Conselho Permanente pede-se que sejam recolhidos dados biométricos (ADN, impressões digitais e o scan da íris), números dos cartões de crédito, contactos e os dados biográficos. No caso de Ban Ki-moon e dos responsáveis de algumas agências da ONU são pedidos dados sobre a sua personalidade, eficácia, estilo de gestão e grau de influência. A directiva da secretária de Estado norte-americana foi enviada para 33 embaixadas e consulados norte-americanos e parece ter envolvido toda a rede dos serviços secretos dos Estados Unidos para além da CIA e do FBI.
Palestina e Israel
As missões diplomáticas em Israel, Jordânia, Síria, Arábia Saudita e Egipto receberam instruções para reunir informação biométrica "dos líderes e representantes-chave da Autoridade Palestiniana (AP) e do Hamas" bem como evidências de compadrio entre as forças de segurança da AP e grupos terroristas.
Irão
O rei Abdullah da Arábia Saudita pediu repetidamente aos Estados Unidos que ataque o Irão para destruir o programa nuclear. A indicação faz parte de memorandos secretos de várias embaixadas nos países do Médio Oriente. "Ele disse-vos para cortarem a cabeça à serpente", terá dito o embaixador saudita em Washington, segundo o relatório do encontro entre Abdullah e o General Petraeus, em Abril de 2008.
As comunicações diplomáticas dão conta também das preocupações de Israel sobre a existência de uma nova potência nuclear na região. Ehud Barak, ministro israelita da Defesa é citado, em Junho do ano passado, dizendo que "há uma janela de oportunidade de 6 a 18 meses em poderá ser viável travar a aquisição de armas nucleares pelo Irão," período depois do qual "qualquer solução militar poderia resultar em danos colaterais inaceitáveis."
Líderes da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egipto referem-se ao Irão como o "diabo", "uma ameaça real" e "a potência que nos vai levar à guerra."
Paquistão
EUA e Grã-Bretanha partilham receios sobre a segurança do programa nuclear paquistanês. Com responsáveis no terreno a alertar para o risco de poder ser desviado material suficiente para que os terroristas construírem uma bomba.
Afeganistão
Os documentos apontam suspeitas de corrupção no governo afegão e um dos telegramas diplomáticos dá conta de um incidente que envolveu o vice-presidente Zia Massoud que terá sido apanhado com 52 milhões de dólares numa mala durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos.
A operação do gigante da internet foi várias vezes atacada na China. Os documentos confidenciais apontam um autor dos ataques pirata: um alto membro do politburo que escreveu o seu nome no motor de busca e encontrou artigos que o criticavam pessoalmente.
Putin e Berlusconi
Os Estados Unidos questionam a relação próxima entre os primeiros-ministros das Rússia e de Itália. Há telegramas que dão conta de presentes luxuosos, lucrativos contratos de energia e uma relação pouco clara.
Terrorismo
A correspondência diplomática aponta os sauditas como os principais financiadores de grupos terroristas e detalha um acordo entre os EUA e o Iémen para encobrir o uso de aviões norte-americanos para bombardear alvos da Al-Qaeda. Durante uma reunião com o General David Petraeus, o comandante das tropas norte-americanas no Afeganistão, o presidente iemenita afirma: "Vamos continuar a dizer que as bombas são nossas e não vossas."
Fonte: ionline
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