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sábado, 7 de junho de 2008

5º dia do Rock in Rio




Muse, The Offspring e Linkin Park foram convincentes no adeus ao Rock in Rio Lisboa versão 2008. A despedida fez-se com nova enchente, e a promessa está feita: em 2010 há mais.


O palco principal do Rock in Rio arrancou com mais uma visita dos cubanos Orishas a Portugal, num concerto algo deslocado num dia claramente voltado para a electricidade.

Ricky Wilson, vocalista dos Kaiser Chiefs, é uma figurona. Não fosse ele e os britânicos pouco mais seriam que uma pouco poderosa arma de fogo, visto que as suas canções, salvo raras excepções, estão longe de ser memoráveis. Contudo, ao vivo, a animação é garantida, nem que seja pela curiosidade em saber o que o frontman vai fazer a seguir. Foram os primeiros agitadores de braços (e corpos) na noite de ontem.

Os Muse são uma banda claramente de palco. Nem têm tocado muito ao vivo ultimamente, mas a segurança e ligação entre o trio garantiu-lhes, sem grande esforço, a certeza de um dos melhores concertos desta edição do Rock in Rio. Mais concisos e eléctricos do que o costume, poucos momentos houve de pausa: na retina a sequência «Starlight», «Time is Running Out» e «Plug in Baby». Todos diriam, de antemão, que mereciam tocar depois dos Offspring. De antemão, repete-se.

Poucos esperariam um concerto tão convicente da parte de Dexter Holland e companheiros. Os Offspring não hesitaram em puxar dos clássicos para agrado da audiência, dando pouca margem de manobra às novas canções a editar em novo disco em breve. «Bad Habit», «All I Want» e «Come Out and Play», disparados de rajada a começo, deram no imediato a certeza: o concerto estava ganho. Fãs dos 15 aos 30, letras na ponta da língua, energia, movimento de corpos, tudo aquilo que são os Offspring ao vivo, em 2008. Uma inesperada boa surpresa.

Menos apoteótico, o final de festa com os Linkin Park não deixou de ser, mesmo assim, convincente. Mais de duas dezenas de canções foram motivo claro de desiquilíbrio de espectáculo, demasiadamente preso em várias facções. Mesmo assim, os singles foram motivo de celebração global, e este até é capaz de ter sido o mais seguro espectáculo dos Linkin Park em Portugal.

Rock in Rio Lisboa, 2008, já lá vai. Em 2010 há mais, e pela enchente de ontem, e pela recente febre de bilhetes, deixa-se já uma sugestão: porque não começar já a vender ingressos?

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