O Glory ia estudar, entre outras, as partículas na atmosfera que influenciam o clima
Chamava-se Glory, mas o satélite da NASA que deveria ter sido colocado hoje em órbita para estudar o clima da Terra, não esteve à altura do próprio nome. Pouco depois do lançamento, esta manhã, por um foguetão Taurus-XL, a partir da base Vanderberg da força aérea dos Estados Unidos, na Califórnia, o satélite despenhou-se algures no Oceano Pacífico. Eram 10.09 (hora de Lisboa).
A NASA vai constituir uma comissão de inquérito para averiguar o que causou o malogro, que se saldou num prejuízo de 374,5 milhões de euros para a agência espacial americana. Os primeiros dados indicam que houve uma falha na separação do satélite do foguetão e ficou com peso excessivo para poder atingir a órbita na qual ficaria colocado: os 700 quilómetros de altitude.
"Não registámos nenhuma anomalia antes do lançamento", adiantou em conferência de imprensa, o director de lançamentos da NASA, Omar Baez.
O satélite separou-se do foguetão sem problemas, mas a cobertura metálica que protegia o Glory durante a ascensão não se soltou completamente, o que produziu um excesso de peso no conjunto e acabou por fazer despenhar o satélite no oceano.
Esta foi a segunda vez que um incidente deste tipo ocorreu com um satélite NASA de observação do clima. Em 2009, o Orbiting Carbon Observatory (OCO) teve exactamente o mesmo destino ao ser lançado por um foguetão idêntico ao de hoje. A protecção metálica também não se soltou completamente e o OCO acabou num mergulho no mar. Os responsáveis escusaram-se, no entanto, a traçar um paralelo entre os dois incidentes, já que depois do desaire de 2009 o sistema de lançamento no Taurus-XL tinha sido alterado.
O Glory ia estudar, entre outras questões, os aerossóis (partículas) na atmosfera da Terra que absorvem ou reflectem os raios solares e que influem no clima da Terra.
fonte: DN
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