David Lilienfeld, campeão sul-africano de "bodyboard", morreu vítima de um ataque de um tubarão-branco, na costa da Cidade do Cabo, África do Sul. O atleta ficou sem uma perna e sucumbiu aos ferimentos.
Um tubarão-branco, com cerca de quatro metros de comprimento, vitimou David Lilienfeld, campeão sul-africano de "bodyboard", enquanto praticava com o irmão e amigos, na baía de Gordon, a 80 quilómetros da Cidade do Cabo.
David Lilienfeld tinha 20 anos e era frequentador habitual da baía de Gordon onde treinava o seu desporto de eleição, o "bodyboard". Na tarde de quinta-feira passada acabou por perder a vida nesse mesmo local, num ataque de um tubarão-branco.
Ao longo de várias tentativas, o animal tentou ferir David, mas o atleta conseguiu defender-se com a prancha. Numa última investida, o tubarão acabou por decepar a perna direita do campeão de bodyboard, provocando a sua morte, segundo avançou o jornal sul-africano "Cape Times".
Gustav, irmão mais novo da vítima, apercebeu-se de imediato do ataque e tentou trazer David Lilienfeld para a costa, enquanto várias testemunhas assistiam incrédulas. Mas mesmo depois dos esforços de Gustav e dos paramédicos, o atleta não resistiu aos ferimentos.
Uma das pessoas que presenciou o incidente garante que este ataque não foi um ato isolado, mas sim uma consequência da gravação do documentário "Shark Men", do canal de televisão "National Geographic".
Segundo várias testemunhas, a equipa de filmagens tem atraído os tubarões-brancos para a costa, apesar de o local já ser um dos "habitats" naturais deste tipo de animais.
Por sua vez, as autoridades da Cidade do Cabo já excluiram a hipótese de ligação entre a morte do campeão de "bodyboard" e o uso de isco para atrair tubarões necessários à investigação desenvolvida pela "National Geographic".
"Não existem provas ou qualquer outra razão lógica para ligar as duas questões. No entanto, devido ao incidente, o departamento responsável pelo programa de investigação sentiu uma enorme pressão e decidiu parar com o projeto", garantiu Gregg Oelofse, chefe da unidade ambiental da polícia da Cidade do Cabo. "Não existem provas de que os quatro tubarões-brancos em estudo tenham tido um papel no desenrolar dos acontecimentos", reforçou.
No seguimento do incidente, os oficiais reforçam que o sucedido foi um momento "trágico e infeliz". Ainda assim, acrescentam que, sendo a costa da Cidade do Cabo abundante em tubarões, é provável que em "qualquer outra ocasião, os animais voltem a atacar".
Fonte: Jornal de Notícias